14/02/2013

This Is 40 (2013)

[spoiler]



Judd Apatow é talvez um dos realizadores norte-americanos mais odiados da actualidade. Confesso que não está no meu top de eleição, mas também não é daqueles que me apetece esganar constantemente.
O senhor é especialista naquele tipo de comédia que não se insere no patamar Dumb and Dumber, nem no American Pie ou afins. É um tipo de humor humano, ou seja, aquele tipo de humor que retrata as figuras, as dificuldades, as rotinas que vivenciamos no nosso dia-a-dia e em que é quase obrigatório sentirmos alguma identificação com certas personagens. É aquele tipo de humor quase biográfico para quem vê o filme.
Mas fazer rir, não nunca é fácil.



This is 40 é uma espécie de sequela do Knocked Up, pois as suas personagens principais foram apresentadas neste filme. São eles Pete (Paul Rudd) e Debbie (Leslie Mann).
A história do filme: um casal a entrarem na casa dos 40. Casados há algum tempo e com duas filhas, Sadie interpretada por Maude Apatow - com a patologia chamada adolescência e viciada em Lost (que é para mim, um dos aspectos mais engraçados do filme) e outra mais pequena - Charlotte, interpretada  por Iris Apatow, que sofre dos sintomas "preciso de atenção constante". Como pano de fundo, a crise financeira - Pete tenta manter a empresa aberta e Debbie a loja. As dividas acumulam-se e a hipoteca da casa - uma realidade cada vez mais próxima. Pelo meio dois pais ausentes (interpretados por Albert Brooks e John Lithgow), um rico e outro profissional em viver às custas do filho, uma funcionária da loja que rouba dinheiro e outra que é acompanhante de luxo (Megan Fox - só podia). Também paira por lá um treinador tarado - que também migra do Knocked Up - Jason, interpretado por Jason Segel.
A relação do casal vai ressentir os problemas que os rodeiam e nos quais estão inseridos. O amor dá lugar ao desespero de não conseguir encontrar a solução para os seus problemas. O vicio no tabaco de um e o vicio os muffins de outro vão ser pretexto para discussões e afastamento.
Mas as soluções chegam, mesmo que de forma estranha.



O filme ficou em família, pois Leslie Mann é a mulher de Judd Apatow e Iris e Maude são as filhas do casal - portanto tudo neste filme é muito pessoal e intimo. 
Não esperem um filme soberbo, não esperem uma comédia pura e dura, mas vejam-no desprovidos de embirrações e tendências. 
Soltei umas belas gargalhadas e não tenho um rir fácil. 

Um grande destaque para Melissa McCarthy - que merecia mais destaque, pois a sua participação soube a pouco. Mais tempo de antena para Chris O'Dowd teria sido igualmente agradável.


1 comentário:

  1. Concordo com a crítica, o filme foi uma agradável surpresa. Tocas num ponto importante dos filmes do Apatow, o facto de apresentarem um "tipo de humor humano".

    Pode não ser a melhor comédia de sempre, mas consegue divertir e roubar alguns risos, algo que não é nada fácil.

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