30/05/2013

Fast & Furious 6 (2013)




A palavra sequela, geralmente faz-se acompanhar por um torcer de nariz e uma dose elevada de desconfiança. Os exemplos de más sequelas são muitos, mas espantem-se os mais descrentes, os bons exemplos também existem.

Depois de um segundo filme sem Vin Diesel (2 Fast 2 Furious), de um terceiro sem Diesel, sem Walker e passado em Tóquio (The Fast and the Furious: Tokyo Drift), a equipa volta a juntar-se para um quarto filme - Fast & Furious, e quinto filme - Fast Five. É maestro desta orquestra (desde o terceiro filme) o realizador americano de origem tailandesa - Justin Lin.

A receita que Lin usou neste filme é simples e eficaz - carros, pancada, perseguições, diálogos curtos e eficazes q.b. - ideais para um argumento pouco sustentado. Não é um filme filosófico, não pretende abordar as origens da vida, nem a crise económica ou política da Europa. É aquilo que se espera, sem mais nem menos. É puro na sua essência simplificada.



 Dominic Toretto (Vin Diesel), Brian O'Conner (Paul Waker), Roman (Tyrese Gibson), Han (Sung Kang), Gisele (Gal Gadot) e Tej (Chris "Ludacris" Bridges) e reúnem-se a pedido de Hobbs (Dwayne Johnson) para travar uma organização criminal com intuitos terroristas liderada por Shaw (Luke Evans). Deste grupo faz parte Letty (Michelle Rodriguez), a namorada que Dom julgava morta. Em troca do sucesso da missão, o perdão judicial e a possibilidade de regressar aos Estados Unidos. 




O realizador foi feliz ao receber e reconstruir um elenco, cujas estrela principais adoptou e adaptou. Vin Diesel e Dwayne Johnson são impossíveis de passar despercebidos. As suas posturas, aliadas aos seus corpos musculados, fazem com que fronteira do herói de acção seja quase que ultrapassada para o patamar do "super-herói". Vin Diesel como Dom Toretto é o eterno ideal de anti-herói. É um criminoso ao serviço do bem e dos valores familiares. Dwayne é o polícia rebelde que simpatiza mais com os "menos maus dos maus". A estes dois junta-se um competente elenco - caracterizado por uma clara empatia e química entre todos. Luke Evans é melhor que o antagonista do filme anterior, e Gina Carano (como Riley) é competente nas cenas de pancada, mas muito fraca em termos de performance. 




Às falhas de argumento, juntam-se algumas falhas a nível da "cronologia/temporização do filme". Os momentos de maior acção foram encurtados em deterioramento de algumas cenas mais lentas - coisa que num filme de acção, devia ser o mais importante e prolongado. Pontas mal aparadas, histórias mal contadas, mas nada que prejudique um competente filme pipoca. Assim sendo e resumindo, Fast & Furious 6 tem boas cenas de perseguições, bons tabefes, uma competente banda sonora e um incrível som de tubos de escape de carros modificados e personificados. 




A cena depois dos créditos finais, um bom augúrio e a apresentação de um próximo vilão "de peso". James Wan será o realizador de Fast & Furious 7 e tem tudo para ser feliz. Assim espero. 


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