Sofia Coppola by Craig McDean | Interview Magazine. 2013 |
Filha de Francis Ford Coppola, Sofia, a rapariga indie, criada no seio da "realeza" de Hollywood, depressa encontrou o seu lugar na indústria e rapidamente tornou-se uma das mais importantes realizadoras da sua geração. De 1999 com The Virgin Suicides, passando por Lost in Translation, Marie Antoinette e The Bling Ring, os filmes de Sofia Coppola são, sem medos ou culpa, focados em personagens femininas e todos têm em comum uma espécie de introspecção sonhadora e uma qualidade romântica transcendente.
Sofia Coppola by Craig McDean | Interview Magazine.2013 |
Toda a filmografia da realizadora tem um sentido estético aprimorado. O estilo de Coppola resulta muito da sua experiencia pessoal e profissional. É indiscutivelmente um ícone da Moda. Em adolescente, a cineasta estagiou na Chanel, é amiga de Marc Jacobs, já desenhou malas para a Louis Vuitton, já realizou vídeos para Campanhas das mais importantes Casas de Moda e está sempre sentada nas primeiras filas dos desfiles mais significativos da industria. Ela própria representa e veste o melhor dos melhores.
Esta semana, em Cannes, todos os olhos estarão atentos a Coppola. Será no Festival que vai estrear o novo filme da realizadora, The Beguiled, um remake de um filme de 1971 com Nicole Kidman, Elle Fanning e com a sua musa de longa data, Kristen Dunst.
Muitas vezes, os seus filmes são alvo de discussão. Nem sempre o conteúdo narrativo agrada os cinéfilos mais difíceis ou exigentes, mas numa coisa ninguém pode criticar Sofia Coppola: a estética. Em cada filme que faz, o "diabo está sempre nos detalhes". Os cenários, a banda sonora, o guarda-roupa, os adereços e acessórios são minuciosamente pensados. Superficialidade para muitos, excelência para outros.
Vamos recordar a carreira daquela que é uma musa para a autora destas palavras e proprietária deste blog.
Coppola tinha 27 anos quando fez a sua estreia como realizadora. The Virgin Suicides, a adaptação a cinema da obra de Jeffrey Eugenides.
Continua a ser uma das cenas mais memoráveis de Lost in Translation. As personagens principais, interpretadas por Bill Murray e Scarlett Johansson vão a um bar de karaoke em Tóquio. A peruca cor-de-rosa de Johansson é inesquecível.
O terceiro filme, Marie Antoinette é um colossal e intricado filme de época. Foi e continua a ser um projecto máximo e soberbo em detalhes.
Com Stephen Dorff e Elle Fanning, Somewhere é talvez o filme mais pessoal de Sofia. Com Chateau Marmont como cenário principal, acompanha um pai celebridade de meia-idade e a transformação da sua filha em adulta.
The Bling Ring com Emma Watson como protagonista, é um filme sobre a opulência depravada e baseado numa surreal história verídica. Uma oportunidade extraordinária para as marcas representadas terem publicidade. Na imagem um exemplo, uma Dior.
E das imagens e trailer que já vimos sobre The Beguiled, parece óbvio que o conservadorismo americano nunca foi tão chique.
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