21/04/2013

Crítica. Oblivion (Joseph Kosinski / 2013)

Título em português: Esquecido
Estreia em Portugal: 11.04.2013





Não. Não gostei de Oblivion. Se é suposto ser um filme de ficção científica, o argumento foi muito pouco eficaz  Cenários, tecnologia, visuais modernos e dinâmicos não chegam para catalogar um filme como ficção. Também não chegam viagens no tempo e desertos infindáveis. Questões filosóficas e científicas mal explicadas, ainda pioram. 

Decorre o ano de 2077, Jack Harper (Tom Cruise) é um dos únicos humanos que habita o Planeta Terra. O Planeta foi destruído numa guerra contra forcas alienígenas - guerra esta, que os humanos ganharam - mas perderam - porque tornaram o Planeta radioactivo. Perceberam? Pois, não é fácil. Os humanos que sobreviveram, habitam Titã, uma das luas de Saturno. A Terra é unicamente utilizada como geradora de energia. Cabe a Jack o garante deste funcionamento e a segurança dos geradores e drones. 

















Jack partilha a missão com Victoria (Andrea Riseborough) e a partida do casal para Titã está para breve. Mas, os planos são interrompidos quando uma nave da NASA cai e Jack tenta salvar os sobreviventes. Na nave, Jack encontra uma mulher que conhece, e as dúvidas/sonhos que o assombravam vão começar a ter respostas. Ele tem respostas, o espectador nem por isso. Também circulam na terra, aqueles que os humanos chamam Scavs - Beech (Morgan Freeman) e Sykes (Nikolaj Coster-Waldau) uma espécie de "aliens", que afinal não são seres extraterrestes mas sim humanos. E assim, parece que os humanos é que são aliens. 

Tom Cruise, não se esforça muito, mas é sólido. Os efeitos especiais são competentes, algumas cenas de acção - satisfatórias. A banda sonora dos M83 é interessante, mas muito colada a Tron (da responsabilidade dos Daft Punk). O argumento de Oblivion é fraco, arrastado e com falhas no que à informação / explicação diz respeito. É no fim do filme que somos "bombardeados" com algumas explicações, mas que não ajudam a nossa interpretação. Na boa verdade, confundem ainda mais. A cena final, com recurso a um drama pegado, só prejudica o filme. 
Joseph Kosinski não aprendeu com Tron, e não percebeu que aprumo visual não chega para que um filme seja competente. Falta-lhe solidez no argumento. 




PS: É extremamente incómodo perceber que, depois da destruição do Planeta Terra, o único património que fica erigido e que é possível identificar, são monumentos norte-americanos. 

Nota:



Sem comentários:

Enviar um comentário