27/04/2014

Opinião | The Spectacular Now | James Ponsoldt. 2013

Título em Portugal: -
Data de estreia: -













De Sundance para o mundo. The Spectacular Now é uma comédia / drama / romance realizado por James Ponsoldt, escrito por Scott Neustadter e Michael H. Weber. Baseado no livro homónimo de Tim Tharp.

Sutter Keely (interpretado por Miles Tellervive) é um dos rapazes mais populares da escola. "Vive o hoje", raramente pensa no amanhã. É engraçado, charmoso, senhor de si. Tem um part-time numa loja de roupa masculina e é um alcoólatra em potencial. Depois da namorada terminar com ele, Keely apanha uma embriaguez tão grande que cai inanimado num jardim. Acorda com Aimee Finecky (Shailene Woodley) a pairar sobre ele. 
Aimee não é popular como Sutter. Ela conhece-o, mas ele não a conhece. Estudiosa e ansiosa por um futuro brilhante, é o oposto do jovem. 

Mas, como reza qualquer história romântica que se digne, os opostos atraem-se. A relação entre os dois desenvolve-se e depressa ficam apaixonados. 
O lado bom dela, parece fazer como que Sutter mude a sua filosofia de vida, mas o pior dele - a adição ao álcool - passa a fazer parte da vida de Aimee. 




Parece que estou a contar a história de mais um filme aborrecido e igual a tantos outros sobre adolescentes. Parece ser um relato sobre amor, adições e hormonas, mas não é. The Spectacular Now está muito longe de ser banal. É uma história sincera, bonita, terna e triste. Nos seus 95 minutos retrata uma história de adolescentes honesta. 
O filme é bem interpretado. Miles Teller dota Sutter Keely de carisma e charme natural, Shailene Woodley dá a Aimee Finicky uma valentia e timidez totalmente cativante. A união dos dois actores/personagens é contemplada de química que não é só aparente, é inebriante. Personagens simpáticos, imperfeitos e honestos. 

A realização é primorosa, o ritmo é exemplar. Evita todas as armadilhas do típico filme sobre adolescentes. The Spectacular Now é uma história franca sobre crescer, amor, perda e redenção. É um filme sobre essa dramática altura da nossa vida em que o mundo começa a ser demasiado real e por muito que nos custe, o olhar para a frente, é inevitável.
Viver no agora é bom, mas há um outro amanhã. Um amanhã chamado futuro. Um fado que não podemos ignorar. 
A palavra "simples" ocorre-me para descrever este bom filme de James Ponsoldt. 



# “This is the youngest we’ll ever be.”


Nota:



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