06/06/2016

Opinião ● Triple 9 | John Hillcoat. 2016


É científico: um elenco de excelência não torna um filme excelente.


Do lado dos maus estão: Anthony Mackie – o polícia corrupto Marcus Belmont. Chiewtel Ejiofor interpreta o líder do grupo de assaltantes - Michael Atwood que tem um filho com a personagem Elena Vlaslov interpretada por Gal Gadot que por sua vez é irmã de Irina Vlaslov – a chefe da máfia russa judaica interpretada por Kate Winslet. Aaron Paul é o ex agente Gabe Welch, irmão do personagem Russel Welch (Norman Reedus).

Dos bons: o Sargento Jeffrey Allen (Hoody Harrelson) e Casey Affleck como Chris Allen – o polícia novato numa esquadra situada em Los Angeles.

Pelo meio, perdidos na "Via Láctea", estão: Teresa Palmer e Michael Kenneth Williams cujas personagens são tão menores que esta menção é quase desnecessária. De notar que também Gal Gadot devia estar neste parágrafo não tivesse sido necessário usar o seu nome em cima para justificar a personagem de Ejiofor. E sobre este facto, querido John Hillcoat: quando se tem uma Gal Gadot num elenco é sempre bom mostrá-la. Em Cinema ver mulheres bonitas nunca é demais. 













Esta lista de nomes e personagens não é fácil de perceber. Sem qualquer tipo de preliminar, somos apresentados a um grupo de marginais num assalto, percebemos que o trabalho é encomendado e que há uma espécie de chantagem envolvida e que além da óbvia preparação militar, muitos dos assaltantes estão ligados às forças policiais. 

Porque é que estes homens enveredam por uma vida errónea e porque é que formam uma equipa? Não sabemos… não é explicado. 

Para levarem a cabo um novo assalto para a máfia russa, a equipa fora da Lei decide criar uma distracção para que as forças policiais desviem a atenção: decidem criar um Triple 9 – o código policial usado para avisar a morte de um agente – mas tudo se complica quando a líder da máfia tem envolvido no plano uma agenda muito pessoal. 

Não é de todo um filme arrebatador mas na verdade já vi filmes piores. É um facto. Posso dizer que Triple 9 é apropriado para ver nos domingos à tarde, acompanhado por um chá e bolachas de manteiga. É que para piorar a vida do filme, a comparação com outros policiais do género em nada o beneficia. Não é um Heat, não é um The Departed, um End of Watch ou até um Training Day. O filme de John Hillcoat tem a mesma premissa dos filmes mencionados, mas o argumento de Matt Cook afasta qualquer possibilidade remota de entrar nesta lista de elite. O argumento é tão fraco que não permite que as personagens interajam de forma natural. Com um elenco destes, era necessário um argumento à altura. 

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