22/07/2013

Opinião | The Wolverine | James Mangold. 2013

Título em Portugal: Wolverine
Data de estreia: 25.07.2013




Logan (Hugh Jackman) vagueia só pelo mundo, deprimido pela morte de Jean Grey (Famke Janssen), encontrou na bebida, um refúgio. Os pesadelos constantes e a culpa, fazem com que Wolverine seja um mutante, divido entre a imortalidade e o desejo de sentir a mortalidade. Durante uma discussão num bar, Logan é interrompido pela japonesa Yukio (Rila Fukushima). A mulher procura Logan pois tem uma mensagem de Yashida (Hal Yamanouchi) - um militar a quem Logan salvou a vida durante o ataque atómico de Nagasaki. O ex-militar está à beira da morte e gostaria de lhe agradecer o facto de lhe ter salvo a vida e de se despedir.

Logan aceita viajar até Tóquio com Yukio - também ela uma mutante com dotes de previsão do futuro. Ao encontrar Yashida, aquilo que Logan pensava ser um agradecimento e despedida torna-se num pedido de troca da imortalidade pela mortalidade. Yashida quer o dom que Logan tem. O japonês, agora um magnata da tecnologia que vive atormentado com as investidas assassinas dos Yakuza, acha que com o dom da imortalidade, conseguirá proteger o seu legado, mas sobretudo a vida da sua neta - Mariko Yashida (Tao Okamoto) - a herdeira do seu império. Yashida dedicou a sua vida ao estudo de mutações e ao dom vida eterna, mas viveu sobretudo obcecado com os poderes daquele que lhe salvou a vida. Doente oncológico vive rodeado de tecnologia, enfermeiros e de uma médica loira, gigante e esbelta, de nome Viper (Svetlana Khodchenkova). A viperina mulher é especialista em química, biologia e portadora de venenos mortíferos. 

Logan fica confuso e desconfiado com o pedido do japonês. E durante a noite aquilo que pensa ser um pesadelo é na verdade, um acontecimento real. Viper rouba-lhe o poder da regeneração e a cicatrização de Wolverine fica comprometida. 
O avô de Mariko morre e durante o seu funeral, a máfia japonesa ataca, sendo o seu alvo principal - a jovem herdeira. Logan protege-a e juntos fogem. À fragilidade física do mutante junta-se uma crescente empatia amorosa com a rapariga, fazendo-o desejar reconquistar os seus puderes físicos, mas também a vontade de viver. A máfia, que na verdade está ao serviço do filho de Yashida, e pai de Mariko - Shingen Yashida (Hiroyuki Sanada) consegue raptar a rapariga. 

O herói de patilhas e garras afinas, depois de encontrar o "Sancho para a sua pança". Ou seja, com a ajuda Yukio, recupera o seu poderio físico e vai resgatar a japonesa. Depois de uma luta titânica com samurais e setas envenenadas,  é feito prisioneiro. No cativeiro, além de um reencontro com Viper, Logan encontra um temível inimigo - Silver Samurai, uma versão aumentada de si próprio. Na verdade o "Samurai Prateado" é o velho e ambos travam uma luta embebida em adamantium. É a neta e aquela que o velho acolheu em sua casa para fazer companhia a neta - Yukio que decidem o fim da luta e o seu vencedor.  




Como não podia deixar de ser, tudo acaba em bem. Mas, The Wolverine está longe de ser bom e muito distante da competência. Atropela-se constantemente na história e enredo, mas peca sobretudo ao fazer com que Hugh Jackman carregue o "filme às costas". Certamente James Mangold partiu do pressuposto que o público Marvel sabe sonhar. Mas, não posso acreditar que o realizador espere que pode arrecadar sucesso ou dinheiro somente com eles. É que a exigência de um público normal é diferente da exigência do público especifico que são os fãs da BD original.


O filme é recheado de fetiches, de coisas que já vimos e sobretudo minado por uma excessiva tensão psicológica e dramas existenciais de alguém que já se sabe ser frágil, mas que tem personalidade e capacidade para muito mais. 
Viper foi menosprezada enquanto vilã, a namorada japonesa de Logan é totalmente insonsa e Yukio, uma personagem bem conseguida e com carisma para mais e melhor. 
O realizador não se esforçou muito, e deu um pesado fardo a Hugh Jackman, que felizmente o soube carregar, mas que - pela cena extra - poderá contribuir mais e melhor num futuro filme, em companhia daqueles que são os seus iguais e até quiçá até ao lado daqueles que são os seus maiores inimigos.
O 3D é totalmente desnecessário (para não dizer, ridículo) e Jackman é o melhor do pior.


Nota:


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