Título em Português: Batalha do Pacífico
Data de estreia: 18.07.2013
A sinopse oficial é a mais fácil de usar para quem não domina os termos técnicos ou a mitologia em torno de filmes deste género – que é o meu caso:
"Quando legiões de criaturas monstruosas, conhecidas como Kaiju, começaram a emergir do mar, uma guerra que tomaria milhões de vidas e consumiria os recursos da Terra teve início. Para combater os gigantes Kaiju, um tipo especial de arma foi criado: robôs enormes, chamados Jaegers, controlados simultaneamente por dois pilotos cujas mentes são ligadas por uma ponte neural.
Porém, os Jaegers tornam-se vulneráveis diante dos temíveis Kaiju. A derrota é iminente, e as forças de defesa do planeta não têm outra escolha senão colocar dois improváveis heróis - um ex-piloto: Raleigh Becket (Charlie Hunnam) e uma cadete sem experiência Mako Mori (Rinko Kikuchi) - para pilotar um Jaeger lendário no passado mas hoje aparentemente obsoleto. Juntos, eles são a última esperança da humanidade contra o Apocalipse."
Pois bem, nunca pensei dizer isto mas, gostei. Tal como não gostava de sushi e agora adoro. E com esta declaração, espero que os deuses me protejam, pois quiçá, um dia ainda posso vir a dizer bem de Michael Bay. Já estou por tudo.
Adorei a experiência IMAX apesar de considerar o valor (10 euros) absolutamente exagerado, sobretudo pelo facto de ter que se usar uns óculos que quando postos, parecem pregos espetados na parte de trás da nuca. O som da sala é incrível, mas não aconselhável a quem sofra de enxaquecas.
A introdução do filme, com narração de Charlie Hunnam é um momento que ocupa algum tempo, mas onde de percebe a adoração e dedicação de Guillermo del Toro neste projecto. É um projecto pessoal e com muita investigação, sobretudo na criação e desenvolvimento dos Kaiju.
O elenco é constituído por malta da pesada, alguns vindos do mundo da televisão, com papeis de "vilões". Idris Elba competente como sempre, Charlie Hunnam uma agradável surpresa como protagonista e Charlie Day em parceria com Burn Gorman são os cientistas com sentido de humor. E depois há Ron Perlman, que nos “10 minutos” que está no ecrã rouba as atenções por inteiro - no melhor dos sentidos. Um destaque (positivo) para a banda sonora de Ramin Djawadi.
As cenas de batalha entre robôs e "bestas" poderá cansar alguns espectadores, mas segundo li, parece que Del Toro foi fiel às representações japonesas e ao folclore envolvente. Por muitos defeitos e falhas que tenha, por muitos zeros da crítica profissional e êxtase dos fãs do género, uma coisa é certa, Pacific Rim é um blockbuster feito com amor.
Eu gostei muito deste filme. Tens toda a razão ao dizer que é um blockbuster feito com amor: ouvir o Del Toro e o elenco a falar nas entrevistas é fantástico. Gostei que tenham apostado em fazer uma coisa original que não é um remake ou uma adaptação de BD.
ResponderEliminarE gostei da atitude do filme: não são só os americanos a salvar o mundo nem o filme se passa só nos EUA (aliás parece que teve a maior abertura de sempre na China, ultrapassando o Harry Potter... sinais dos tempos). Gostei que a Mako seja forte sem ser "durona", e que haja um relacionamento entre a Mako e o Raleigh que é próximo sem descambar para o cliché do romance. É um filme que ao fim de tudo nos deixa bem dispostos ao contrário de algumas tendências do cinema actual (Batman, estou a olhar para ti). Poderá não ser perfeito, mas "respect" para o Guillermo del Toro.