19/09/2013

Opinião | The Kings of Summer | Jordan Vogt-Roberts. 2013

Título Portugal: *
Data de estreia: *







"The Kings of Summer" teve a sua estreia no Festival de Sundance como “Toy House”. Realizado por Jordan Vogt-Roberts, o filme conta a história de Joe Toy (Nick Robinson), um adolescente frustrado, desenquadrado e incompreendido que vive com o pai – Frank (Nick Offerman) - que pretende ser manipulador, mas que ao mesmo tempo o ignora. 

Joe junta esforços com o seu melhor amigo Patrick (Gabriel Basso), um rapaz igualmente perturbado pela diferença de idades entre si e os seus pais e massacrado pela superproteção dos mesmos. Joe convence Patrick de que podiam levar uma vida ausente de regras e anárquica se construíssem uma casa no meio da floresta. A esta dupla, junta-se uma personagem digna de qualquer caderneta de cromos raros - Biaggio (Moisés Arias). Os três constroem uma “casa” e tornam-se independentes e autónomos. O tempo vai passando e as famílias começam a ficar preocupadas com o estranho desaparecimento dos três jovens. 

No entanto, a felicidade e liberdade que estes três jovens estão a vivenciar não vai passar de uma utopia. Tudo agrava quando Joe convida a rapariga que gosta - Kelly (Erin Moriarty) - para visitar a “casa” da floresta. A química entre Kelly e Patrick é imediata. Joe não aceita esta relação e vira-se contra o amigo e a amada. 

O cenário ideal acaba e as amizades sofrem um revés. Patrick e Biaggio regressam a casa, deixando Joe sozinho na “casa”. O adolescente ainda consegue manter-se algum tempo sozinho, para desespero da sua família que continua sem saber do seu paradeiro. É Kelly que conta ao pai de Joe onde este está. O reencontro é atribulado, porque a Joe e ao pai, junta-se Kelly, Biaggio e uma cobra venenosa. 

“The Kings of Summer” é catalogado como comédia, mas na verdade é muito mais do que isso. Vogt-Roberts construiu um puzzle delicado sobre emoções, sobre relações e, sobretudo, sobre transições. O filme tem “elementos indie” que fazem lembrar Stand by me, Moonrise Kingdom, ou tantos outros filmes que abordam rituais de passagem – a transição da vida adolescente à adulta. Este “pequeno filme” tem um elenco incrível - de que Offerman merece especial destaque. O argumento foi primorosamente pensado e tem apontamentos humorísticos que são premiados pelo bom gosto. Tem momentos de emoção que não são de todo lamechas ou exagerados. Por fim, um destaque para a maravilhosa cinematografia do filme.

Nota: 






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