27/10/2012

Savages (2012)

[spoiler]



Selvagem

adj. m+f.
1. não domesticado, bravo
2. que se faz sem regras, sem organização
3. muito violento
subst. m+f.
1. (pej) pessoa bruta, grosseira: Não tem maneiras. É um selvagem.

Conhecem Oliver Stone? Ou melhor, conhecem a biografia de Oliver Stone? Se sim... Continuem a ler... Se não... Vão investigar e voltem.
Pronto... OK, eu facilito:
Guerra, política, drogas, álcool.

Na verdade, este conhecimento prévio não é um factor determinante para ver Savages, mas tal como em Born on the Fourth of July ou Natural Born Killers, ter algum conhecimento da vida pessoal do realizador, faz com que as peças soltas se complementem melhor. No entanto, uma coisa é certa, Savages não é tão intenso.

A história é muito simples: Ben (Aaron Johnson) e Chon (Taylor Kitsch) são grandes amigos, um é botânico, budista e adepto da paz. O outro é um ex-militar, violento, perturbado e conhecedor da assustadora realidade afegã. Partilham três coisas: a casa, o negócio e a namorada. Vivem em Laguna Beach, cultivam / produzem / vendem cannabis e são apaixonados por Ophelia (Blake Lively) - com a qual vivem de forma feliz e mantém - às claras - uma relação a três.

Junta-se à tripla um cartel mexicano, liderado por Elena (Salma Hayek) - uma mulher poderosa, rica e com problemas afectivos. Elena tem como capataz Lado (Benicio Del Toro), um homem sem escrúpulos, violento e portador de uma frieza extrema. O cartel quer vender a droga de Ben e Chon, Ben e Chon não querem fazer negócio com o Cartel. Ophelia é raptada e dá-se inicio a uma "guerra" de interesses. Pelo meio um polícia corrupto - Dennis (John Travolta), outro cartel de droga, cujo líder é um pretendente a um cargo político, militares traumatizados, uma banda sonora incrível, uma cor extraordinária e um destaque importante e constante à Santa Muerte - uma espécie de culto clandestino, condenado pela Igreja Católica. É como que uma padroeira de criminosos.






Moral da história: todos somos selvagens quando defendemos o que é nosso- sejam negócios, pessoas ou bens. Mas neste enredo, Del Toro consegue ser o mais selvagem de todos. Encarna aquele tipo de pessoa que está em todo o lado, faz negócios com todas as partes envolvidas e é portador de uma violência extrema. Arrisco dizer que Del Toro devia ser vilão em qualquer filme que estreasse nas salas de cinema.

Savages não é uma obra prima de Stone... Está longe disso. A história é pouco inovadora e quase nada acrescenta ao curriculum do realizador, mas é um filme a ver: os planos, a narração, os cortes na narração, o fim alternativo, a já mencionada cor e fantástica banda sonora de Adam Peters e o facto de juntar num elenco a experiência à juventude. É muito curioso como Stone confia três personagens a jovens, dois dos quais saídos de séries de televisão - Blake Lively vinda da estética e glamurosa Gossip Girl e Taylor Kitsch do drama que envolve a fabulosa vida de uma equipa de futebol americano - Friday Night Lights.






Desabafo: Ophelia vive o sonho de qualquer mulher - dois homens lindos, uma casa na praia e boa droga à disposição...


-- e um "cheirinho" da banda sonora - "Psycho Killer" de Bruce Lash -- 



1 comentário:


  1. Opá não sabes tu o quanto eu adorei a Salma Hayek neste filme! E eu nem sou de todo fã dela...

    O Taylor Kitsch e o Aaron Johnson só mostraram neste filme o que já se sabe... Têm um range muito limitado. A Blake Lively nem range tem, enfim. Serve para fingir de bonita e pouco mais.

    Eu gostei do filme, mais do que estava à espera admito, mas é uma salgalhada de mil coisas...

    Cumprimentos!

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